terça-feira, 30 de dezembro de 2008

STEREONATOS






Uma grande etapa da banda "Stereonatos" foi vencida, a gravação do primeiro demo ensaio, dia 27/12/08, no Labirinto Studio.


A banda é formada por Adalbs Afonsus(voz e violão), Caique (bateria), Cris (guitarra), Fá (baixo) e Júlio (guitarra e backing vocal). As amostras são "Tesão"(Adalberto Afonso e Henrique Lee) e "Só Me Deixe Sangrar Em Paz"(Adalberto Afonso), filmadas pela Patrícia Carvalhais.


Como diria o Cristiano, temos muito o que malhar ainda, mas o resultado está muito bom, para o tempo de ensaio.


Estou muito feliz, acho que esta banda está sendo um encontro muito positivo e tem muitos frutos para dar.


Em 2009 muito sucesso para a banda e para seus futuros fãs.




domingo, 28 de dezembro de 2008

Nos Labirintos do Desejo


As maneiras de se relacionar sexual e afetivamente tem se transformado tão rapidamente nos últimos tempos que se nos apresenta como algo que atordoa, instiga, tortura e atropela. Sobre elas não temos mais nenhum senhorio. Sem dúvida isso nos amedronta como se estivéssemos diante de um animal estranho e não domesticado. O que fazer da vida? Escolher um relacionamento estável ou nos entregarmos a uma torrente de paixões fugazes? Afinal, quando temos uma queremos a outra... É preciso realmente fazer uma escolha? Deixemos a pergunta em suspenso para nos esquivarmos das respostas rasteiras e levianas.

Este parece ser o tema abordado no novo filme de Woody Allen “Vicky, Cristina, Barcelona” que conta a estória de duas jovens americanas que vão passar as férias de verão em Barcelona. A séria e sensível Vicky – prestes a se casar com o genro que papai pediu a Deus – e Cristina, que adora se enveredar pelos labirintos do desejo. Na Espanha se envolvem com um pintor sedutor e cheio de malícia, Juan Antônio interpretado com muita competência por Javier Bardem. O que parecia certeza se evanesce como poeira... “Como não se reconhecer nesses personagens?” Era o que me perguntava enquanto assistia o filme.

Um filme sóbrio e austero com uma pitada de Almodóvar. Saindo do cômico habitual, Allen parece discutir sem sensacionalismos ou falsos moralismos temas que inquietam e dilaceram homens e mulheres no mundo contemporâneo. Consegue falar profundamente de desejo e afeto sem o recurso a cenas impactantes. As caricaturas já meio surradas de neuróticos e neuróticas que povoavam seus filmes cederam lugar a personagens muito mais reais e convincentes. Vale a pena conferir!