quarta-feira, 24 de junho de 2009

JACK WHITE III - DE WHITE STRIPES A DEATH WEATHER

Como prometido no post "The White Stripes - Rock'n Roll em Listras Brancas, Vermelhas e Pretas" , vou contar um pouquinho mais sobre a história de John Anthony Gillis, o irrequieto Jack White III, o guitarrista de número 17 na lista dos 100 maiores da Rolling Stone. Jack White o filho caçula, o sétimo homem, de um total de 10 filhos, nasceu nos subúrbios de Detroit, aprendeu a tocar bateria aos 5 anos de idade e, ao contrário de seus colegas de infância, que preferiam a música eletrônica e o hip-hop, se apaixonou pelo blues e pelo rock dos anos 60. Jack encontrou a garçonete Meg White em 1995 e, apesar de, no início, se apresentarem como irmãos, eles foram casados de 1996 a 2000, John, que já adotava o codinome Jack, adotou o sobrenome de Meg e fundou com ela o White Stripes, em 1997. O White Stripes começou a ter notoriedade em Detroit e, em 1999, lançou seu primeiro álbum "White Stripes", seguido por "De Stijl" e "White Blood Cells", que levou o grupo a ser notado para além das fronteiras americanas. Estes primeiros álbuns têm uma produção bem simples, quase amadora, mas "Elephant", o quarto álbum, gravado em Londres, trás uma produção mais apurada e leva a banda ao topo das paradas, com sucessos como "Seven Nation Army" e "Hardest Button to Button". Os dois lançam então "Get Me Behind Satan", gravado no estúdio de Jack, em Detroit, um álbum mais experimental, com menos guitarras, que desagradou a alguns fãs. Vem então "Icky Thump" de 2007, gravado em Nashville por três semanas, o tempo mais longo que o White Stripes levou para gravar um álbum.

Em 2005, Jack White forma, juntamente com seu amigo Brendan Benson, o "The Racounters", que lançou "Broken Boy Soldiers" em 2006 e "Consolers Of The Lonely" em 2008.

Os planos de Jack para 2009 são pretensiosos, ele está lançando um álbum, "Horehound", como baterista do "Death Weather", juntamente com a vocalista Alison Mosshart (The Kills), o baixista Jack Lawrence (The Racounters) e o guitarrista Dean Fertita (Queens Of Stone Age). Além disso pretende gravar um álbum solo e o sétimo do White Stripes.

Jack, enfim, com seu humor irônico, sua postura inquieta e sua atitude, dá um novo frescor ao Rock'n Roll, recomendo.

sábado, 20 de junho de 2009

STEVE JOBS - "PERMANEÇA FAMINTO, PERMANEÇA TOLO"


Não sou exatamente um fã de Power Point's otimistas e frases de autoajuda com belos conselhos óbvios, sou um pouco mais pessimista. Uma vez, ao ler um belo livro sobre educação infantil, o autor disse uma frase que, para mim, é uma das maiores verdades que já ouvi, "...conselhos só servem para quem não precisa deles...".
Mas este discurso de Steve Jobs, pronunciado em 2005, na formatura da Universidade de Stanford, merece ser ouvido e, se conseguirmos aproveitar o mínimo dele, já será muito útil.
Steve Jobs é um cara fantástico, por tudo o que ele representa na área da tecnologia, que, por estar diretamente ligada ao paradigma do consumo, destrói muitos idealistas e cria muita demanda inútil. Steve Jobs é um exemplo, ao conseguir criar inovações reais e ao manter a qualidade como um valor maior, coisas raras neste atual mercado de predadores vorazes, que cria museus de grandes novidades e aonde o disponibilizar mais rápido, a preços mais acessíveis, em geral, deixa a durabilidade e a confiabilidade de lado.
Fica claro, neste discurso, que Steve Jobs é um apaixonado pela vida e que, por isso mesmo, ao descobrir a insustentável leveza e fragilidade dela, fez uma opção por viver intensamente.
"...Saudações, aos que têm coragem..."
Uma nota final: Steve Jobs, que saiu de licença médica desde Janeiro, recebeu um transplante de fígado e retornará às suas atividades no final de Junho. Mais informações no link: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5iblrkoYA-fBaNjgEQETDFOnQ3BRg

quarta-feira, 17 de junho de 2009

CHICO BUARQUE - O LEITE DERRAMADO




19 de Junho de 2009, o genial Francisco Buarque de Hollanda completa 65 anos.
Chico, autor de algumas das maiores obras primas de nossa música popular, parece realmente crer que a canção está morta e tem se dedicado a um novo desafio, utilizar sua habilidade com as palavras, para se tornar um escritor. Acho difícil separar o compositor do escritor, apesar de acreditar, quando o próprio Chico afirma, que são duas experiências de criação completamente distintas, mas acho difícil uma crítica ao Chico escritor que seja isenta. De todo o modo o texto dele é inegavelmente inteligente e elegante, como já se podia observar nos livros anteriores, "Estorvo", "Benjamim" e "Budapeste", cuja adaptação cinematográfica se encontra em exibição nos cinemas (http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/cinema_ficha/id_filme=441/cinema_ficha.shtml). Quem se interessar em conhecer o mais novo lançamento literário dele, "Leite Derramado" fica a dica do site http://www.leitederramado.com.br/wordpress/ .


De minha parte, fica o desejo de vida longa a este autor genial e que ele ainda produza muitas obras geniais, tanto na literatura, quanto na música.



terça-feira, 16 de junho de 2009

67 ANOS DE Sir PAUL McCARTNEY




Em 18 de Junho, a exatos 67 anos, nascia Sir James Paul McCartney, fadado a se tornar uma lenda, ao protagonizar, juntamente com John Lennon, George Harrison e Ringo Star, o maior fenômeno da música pop mundial, Os Beatles.


Polêmicas a parte, a musicalidade de Paul McCartney foi uma das principais responsáveis pela sonoridade revolucionária dos quatro rapazes de Liverpool. O multiinstrumentista Paul McCartney é também o Beatle que teve a carreira solo mais produtiva, colecionando inúmeros sucessos. Paul McCartney está rodando o mundo com sua anunciada grande última turnê (vide o post "Paul McCartney - A Última Chance") e há rumores de que possa aportar por terras brasileiras ainda este ano.


Para finalizar esta singela homenagem, dois momentos maravilhosos, o primeiro, uma das últimas gravações dos Beatles, "Get Back" e outro, aonde Paul McCartney, tocando um cavaquinho, que, segundo as más línguas, recebeu de presente em sua última passagem pelo Rio de Janeiro, ao lado de Eric Clapton, Ringo Star e outros expoentes da música pop, rende uma homenagem a George Harrison, cantando "Something".






sábado, 6 de junho de 2009

Graveola e o lixo polifônico


Comparações são sempre perigosas. No entanto, vou correr o risco e espero não ser mal interpretado. Como bom mineiro e Belo Horizontino, sou fã do clube da esquina. É inegável a revolução musical que Bituca, Lô, Toninho Horta, entre outros, promoveram na música nacional, marcando a música e os músicos mineiros com um selo pré ou pós clube da esquina. Entretanto, confesso que há algum tempo não tenho tido muita paciência pra o que essa galera e seus herdeiros vêm produzindo, parece faltar alguma coisa, não sei se tez ou tesão. A verdade é que nada de realmente novo tem sido criado por essa nobre parcela dos nossos artistas que acabam, hoje, sobrevivendo dos sucessos do passado.

Outro dia escutei o som do 'Graveola e o lixo polifônico', banda aqui de Belo Horizonte mesmo, e sabe que eu vi neles a possibilidade de preencher esse espaço na música mineira?

O disco é fantástico, principalmente no início. As composições mesclam a complexidade na concepção dos arranjos com a simplicidade do resultado. Apesar de toda brincadeira experimental com o ritmo e a harmonia, o som sai leve e delicioso. Letras extremamente sonoras cantadas pelos vocais com timbres marcantes e aveludados, além da multiplicidade de instrumentos e barulhos muito bem tocados. Um ótimo disco de MPB. Original, novo, criativo e vibrante.

A banda é declaradamente adepta da estética do plágio, conceito cunhado pelo Tom Zé, que prega, mais ou menos, que o novo só pode surgir de uma colagem de nossas influências e nunca será totalmente inédito em todas as suas partes. O fato é que em diversos momentos, como em 'Dois lados da canção', os versos e a melodia esbarram em alguns clássicos da MPB.

Fica uma crítica, pra não parecer matéria comprada, não gostei muito das músicas do final do disco, são legais também, mas estão fora de sintonia com o lirismo e a genialidade do início. Pode-se dizer que a partir da nona música: 'O quarto 417' temos outro disco. Talvez fosse o caso de deixá-las para um outro trabalho, outro album, quem sabe?

Vai aqui o myspace da banda e um link fornecido por eles pra baixar o disco:

MYSPACE
http://www.myspace.com/graveolaeolixopolifonico

PARA BAIXAR DISCO (é só clicar no quadradinho amarelo à esquerda no site)
http://www.graveola.com.br/site/