quarta-feira, 6 de agosto de 2008

ROSA DE HIROSHIMA




Hoje, 6 de Agosto de 2008, é o aniversário de 63 anos do lançamento da Bomba Atômica sobre a cidade de Hiroshima no Japão, três dias depois, outra bomba foi lançada em Nagasaki.
Sou de uma geração, que, criada sob o regime militar, ouviu somente a história contada pelos vencedores. Via filmes sobre a Segunda Guerra Mundial e considerava os alemães e japoneses um grupo de malucos que tentavam dominar o mundo, a verdadeira encarnação do Mal, que, com muito esforço, competência e heroísmo, foram derrotados pelos defensores do bem, em geral americanos. Não via os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki como atrocidades tão grandes e achava que foram até necessários para acabar com aquela Guerra insana.
Hoje, revendo os fatos, fico extremamente chocado e não consigo conceber uma razão lógica para o imenso absurdo que foi o lançamento destas bombas. Mesmo assim acho que o choque ainda é pequeno, em relação ao impacto do acontecimento. Em nossa sociedade ocidental, vejo uma nota aqui, outra ali, talvez alguns grupos, mais conscientes, debatendo o assunto, mas acho que deveríamos todos parar, fazer um minuto de silêncio e meditar sobre o fato.
Mais chocado ainda fiquei, quando li o artigo da Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Bombardeamentos_de_Hiroshima_e_Nagasaki) e descobri alguns detalhes ainda mais impressionantes, como por exemplo o fato de que membros do alto comando do exército dos Estados Unidos consideravam as bombas completamente desnecessárias, que o Japão não se rendeu por causa das bombas, como foi amplamente divulgado para justificar os ataques e que, mesmo defensores da bomba, a consideraram um ato de terrorismo, mas defenderam que o terrorismo era justificável em algumas situações.
Esta é uma imensa mancha em nossa história e deveríamos tentar compreender melhor o que ocorreu.


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