Gilberto Gil anunciou hoje, 30/07/08, seu desligamento do Ministério da Cultura.
Leiam mais no link http://noticias.uol.com.br/politica/2008/07/30/ult5773u18.jhtm .
Sinceramente acho que a decisão é boa, ele faz mais falta como artista.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
GILBERTO GIL NÃO É MAIS MINISTRO DA CULTURA
SAVASSI FESTIVAL 2008
Haverão também o concurso Fotografe o Jazz, a Festa de Encerramento e Workshops.
Maiores informações no site http://www.savassifestival.com.br/ .
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Cultura da Fome X Fome de Cultura
E isto graças ao meu muitíssimo amigo, Júlio, que me convidou a participar deste blog.
Espero ser digno e contribuir com a sua proposta original de trocar ideias, exercitar a dialética.
Por isto, esta é uma experiência nova. E como tal, está impregnada de tropeços e quedas de um iniciante. Assim, sugiro menor rigor na análise e mais compreensão com a tentativa. Daí hoje, deliberadamente, me ocuparei mais com o conteúdo, do que com a forma.
Então, gostaria de iniciar esta participação propondo um aprofundamento a um tema que é antigo, mas sempre presente: a FOME. Para tanto, sem pretensão de ser completo e pretencioso, gostaria de construir um "pano de fundo".
Hoje, ouvimos e lemos muito sobre uma crise dos alimentos no mundo. Observamos o ressurgimento da inflação, com aumento de preços nos alimentos, matérias e mais matérias em supermercados: o feijão, o arroz... cada dia mais caros.
Ao mesmo tempo, discute-se o aquecimento global,o recorde do preço do barril de petróleo, as alternativas energéticas, bio-combustível: cana-de-açúcar, no Brasil, milho, nos EUA... Ouve-se sobre a rodada de Doha, EUA acusa China e Índia de ameaçar acordos, Argentina acusa Brasil de traição...
Tema atualíssimo! Porém, há cinquenta anos atrás um brasileiro já alertava sobre o assunto. Nos convidava a repensar nosso modelo de desenvolvimento e agir: Josué de castro. Vale a pena ler matéria de Marilza de Melo Foucher, no Le Monde Diplomatique Brasil (http://diplo.uol.com.br/2008-06,a2455) sobre este brilhante pernambucano. Para quem já conhece, uma re-leitura. E para que ainda não, uma oportunidade ímpar. Nesta matéria, Foucher nos revela o caráter vanguardista de Josué de Castro que falava em acabar com a fome a partir de uma reciprocidade das nações ao invés da política colonial da metrópole. Hoje, ainda uma utopia.
Desta época surge o conceito de segurança alimentar, muito inicial e restrito à ênfase de que o país em guerra precisa ter alimento para sua população e tropas, daí o termo segurança alimentar, era a idéia de soberania militar. Desde então este conceito vem sendo aprimorado. Passou pela década de 1960/70, quando surge o termo "Revolução Verde", falácia da academia, governos e empresas de agrotóxicos, tratores e sementes, que pregava o aumento da produção de alimentos para acabar com a fome no mundo. No Brasil, foi a chamada "Modernização Conservadora": concentração da terra, expulsão das famílias do campo (êxodo rural), crédito subsidiado, tecnologias modernas (tratores, insumos químicos, sementes melhoradas), fronteira agrícola (na época o Cerrado, o centro-oeste). Era o modelo urbano industrial: a dita modernização do campo e criação de reserva de mão-de-obra na cidade para o milagre brasileiro. Foi quando cresceram a regiões metropolitanas brasileiras. São Paulo é o ícone. Na época crescer era desenvolvimento. Vimos no que deu hoje. Minha geração é filha desta época, nascido na cidade de pais e mães vindos do interior.
Voltando ao conceito, na década de 1990, surge o magnífico brasileiro, o Betinho, grande mineiro, que coloca de novo o tema em pauta: "quem tem fome, tem pressa!!!" A campanha do Betinho ganha as ruas e o noticiário. O Itamar cria o CONSEA - Conselho Nacional de Segurança Alimentar, em seguida FHC o extingue e coloca no lugar o Comunidade Solidária da Ruth Cardoso, esvazia de conteúdo e ação políca, vira terceiro setor. O governo paralelo do Lula, mantém a chama acesa e formula um programa voltado para o tema. Em 2003, lança o Fome Zero, "um tiro no pé", muito slogan e pouco conteúdo, naufragou!!
Não obstante, apesar do fome zero, muito foi construído, por pessoas e movimentos sociais, no Brasil e no mundo, o conceito foi aprimorado:
"Considera-se Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável - sigla SANS - a garantia do acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, com base em práticas alimentares saudáveis, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis, sem comprometer o acesso as outras necessidades essenciais. "Fonte: CONSEA/MG.
Eu, como agrônomo, há 15 anos, atuo junto a movimentos sociais e ONG engajadas na discussão de um novo modelo de produção agrícola, no campo e na cidade, debatendo e agindo inspirado neste conceito aí. (Veja que sou daqueles que acreditam em utopias. Como dizia Cazuza, nada como uma ideologia para sobreviver). Sempre me perguntando o que podemos fazer para resolver o problema básico, a fome. Seja na cidade ou no campo. Aí atuo ideologicamente e profissionalmente no tema.
Mas, como viver e buscar o novo é ter o foco na dialética da construção. Vivo cá com as contradições desta busca: as minhas e as da nossa sociedade. Daí armo minha metralhadora, miro no alvo, as vezes acerto no que quero, mas também no que não quero e onde nem imagino!
Como o lema do blog é "Do seio de estúpidas montanhas, o Oráculo das Perguntas sem Resposta. Aonde vale mais o viajar do que o destino. Trazendo as boas novas e passando o ferro nas velhas".
Então lá vai provocação de debate... "viva o bom combate"...
Ora, mas nunca se produziu tanto, nunca se consumiu tanto... E a fome permanece...
Nestes últimos cinquenta anos, as mudanças na estrutura agrária do Brasil foi imensa. O tema já é muito conhecido, não vou repetí-lo. Mas podemos perguntar aos nosso pais ou mesmo nos lembrar, que há algumas décadas atrás, a diversidade de possibilidades de aquisição de alimentos era muito menor. Atualmente temos, durante todo o ano, possibilidade de consumir frutas, legumes, embutidos, doces, ..., os mais variados.
Paradoxalmente, me aparece, que nunca nos alimentamos tão mal! Obesidade, colesterol, hipertensão, doenças do nosso tempo. Sobre isto recomendo o documentário "Supersize Me" (no youtube tem e nas locadoras também"), uma denúncia fortíssima ao fast food. Imperdível.
Daí, começa-se a compreender de insegurança alimentar e nutricional não é só falta de ter o que comer. É se alimentar mal!! Vejam quantos de nós tem grana e se alimenta mal. É a vida corrida, para para almoçar e ou jantar é perda de tempo (e de saúde). A mídia nos bombardeia com pizzas, embutidos, doces, ..
Um dos enfoques que mais me atraem no conceito de SANS é a questão da "cultura alimentar", o respeito a diversidade cultural e social. Ela nos remete a questão de que o hábito alimentar e expressão autêntica da cultura de um povo. Então fique tranquilo, que aquele fígado com jiló do mercado central, ou troperão do Mineirão, ou o pastel de angú de Conceição do Mato Dentro, a couve com angú da nossas avós, e muitos outros, são concretamente manifestações de nossa identidade. Assim, comê-los e celebrar a convivência em comunidade é um "ato político", e não só um ato de alimentação do organismo humano. Da mesma forma, que comer no Mac Donald's é também um ato político. Sem discurso planfetário, onde a retórica vale mais que o cotidiano, não tenho um posicionamento maniqueista, mas afirmo que está clareza do ato político da da alimentação é relevante e é bom que estejamos conscientes.
Então deixo perguntas no ar:No que, através do nosso hábito de consumo, interferimos na fome do mundo? Comer é mesmo um ato político? Você apoia José Bové, quando ele propõe quebrar Mac Donald's pelo mundo? Política é política, mas um belo hamburguer com coca cola tem seu lugar? Quando você come aquele torresminho de barriga com uma bela cachaça de Salinas, você está convicto que está mantendo a identidade de um povo? Ou quando você come um frango com quiabo? E a costelinha com orapronóbis?Agora eu fecho aqui: melhor a fome de cultura, do que a cultura da fome do atual modelo de desenvolvimento do nossa civilização, não é mesmo??? O Consumo é poder. O que você tem feito por isto???
sábado, 26 de julho de 2008
PARABÉNS MICK JAGGER
Independente de a toda polêmica que Mick Jagger possa causar, seu nome está gravado para sempre na história do rock´n roll. Seu papel, como vocalista dos Rolling Stones, criou uma marca que serviu e serve, até hoje, de parâmetro para qualquer jovem, que não tenha nada mais a fazer, a não ser cantar em uma banda de rock´n roll.
Junto com Keith Richards, os Glimmer Twins, formaram uma das duplas mais famosas da música popular mundial, mas, como toda boa relação, nem sempre tudo foi um mar de rosas.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
EVOLUÇÃO - CORPOS GIRANDO PELO UNIVERSO
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Pink Floyd muito bem revisitado
quarta-feira, 2 de julho de 2008
NINE INCH NAILS NO BRASIL
O NIN divulgou em seu site oficial (http://www.nin.com/), as datas da Tour "Lights In The Sky" na América do Sul e confirmou que, no dia 07 de Outubro (quando estarei completando 42 anos bem vividos), tocará na Via Funchal em São Paulo e, no dia 10 de Outubro, tocará no Pepsi On Stage em Porto Alegre. Quem viu os shows de 2005, quando a banda esteve no Brasil, diz que é de tirar o fôlego.
No site está disponível um EP para download gratuito, intitulado "Lights In The Sky: Over North America 2008 Tour Sampler", com 4 músicas das bandas de suporte aos shows na América do Norte, "A Place To Bury Strangers", "Does It Offend You, Yeah?", "Crystal Castles", "Deer Hunter" e uma música do Nine Inch Nails "Echoplex", junto ao EP vem encarte, cartaz, fotos e wallpapers.
No site é possível também assistir a 3 vídeos, com performances ao vivo de ensaios, das músicas "1,000,000" (que ilustra este Post), "Letting You" e "Echoplex", retirados dos 5 vídeos presentes no "The Slip limited edition CD/DVD package".
O NIN tem um sistema interessante de pré venda de ingressos personalizados, para membros registrados no site, que tem o objetivo de colocar os melhores ingressos nas mãos dos fãs, ao invês dos cambistas, segundo divulgação no próprio site.
Assistam a reportagem do Metrópolis da TV Cultura sobre a banda.
Gosto não se discute!
Um abraço.
Esse post dedicado aos amigos Júlio, Fa e Crisin foi escrito ao som mental de "A história de Lily Braun", música de Edu Lobo e Chico Buarque, interpretada por Gal Costa no albúm "O grande circo místico" e cuja letra, melodia e harmonia não me saíram da cabeça esta semana.