EMBRIAGUEM-SE
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o
fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se
embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na
solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você
acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a
tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas
são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de
embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Religioso a seu modo, pagão e satanista, Charles-Pierre Baudelaire (1821-1867) é considerado o pai do simbolismo francês, movimento cuja origem os críticos localizam exatamente no livro As Flores do Mal, de 1857. Na França, a obra de Baudelaire reverbera na poesia de outros poetas "malditos", como Arthur Rimbaud, Paul Verlaine e Stéphane Mallarmé.
Religioso a seu modo, pagão e satanista, Charles-Pierre Baudelaire (1821-1867) é considerado o pai do simbolismo francês, movimento cuja origem os críticos localizam exatamente no livro As Flores do Mal, de 1857. Na França, a obra de Baudelaire reverbera na poesia de outros poetas "malditos", como Arthur Rimbaud, Paul Verlaine e Stéphane Mallarmé.
Celebrado como o primeiro poeta moderno e um dos escritores de mais forte influência nas gerações posteriores mundo afora, Baudelaire contrabandeou para a poesia de sua época, marcada pelo idealismo romântico, o mal-estar das cidades e o choque do feio, dos temas sujos e doentios.
Caros amigos de blog não nenhum conhecedor de poesia, estou entrando neste vasto mundo há pouco tempo. Mas, estou na busca! Vocês acabaram de ler um belo poema...
Ele e mais muitos outros estão no sitio: http://www.algumapoesia.com.br/poesia/poesianet003.htm
No último dia 15, me embriaguei de vinho e poesia, foi muito bom!
Sensação de liberdade de mente e coração: ouvir uma belo poema e degustar um bom vinho, junto de amigos.
Recomendo a todos, com frequencia e com a devida tranquilidade: Embriaguem-se.
Um comentário:
Velho amigo,
É muito bom tomar porres com você e os outros amigos deste Blog. Para mim que, obsessivo que sou, em compreender e controlar os sentimentos, busco a lucidez, a embriaguês, com vinho, poesia ou virtude, é fundamental para suportar e seguir adiante. E vocês, Amigos, são belos companheiros no vinho, na cerveja, no uísque, na poesia, na música e na virtude.
A propósito, este comentário foi escrito sob uma embriaguês gostosa de vinho, ao som de Lloyd Cole.
Um abraço,
Júlio
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