terça-feira, 5 de agosto de 2008

Mamãe ama é o meu revólver! O dos Beatles!




O dia 5 agosto marca o lançamento do célebre disco Revolver dos Beatles em 1966. O trabalho consolida o início da revolução interna que os, até então, garotos de Liverpool promoveram em sua obra. Após o também fantástico Rouber Soul, Revolver traz, pela primeira e única vez, três canções de George em um mesmo disco dos Beatles. Inaugura de forma concreta a influência das drogas, da psicodelia e da orientalidade no rock'n roll da banda mais famosa e influente de todos o tempos. Welcome to the 60's!
O disco traz:

Taxman (Harrison), vocais de George, música composta por ele em protesto aos impostos no Reino Unido;

Eleonor Rigby (Lennon/McCartney), balada fúnebre cantada por Paul acompanhado por um conjunto de cordas;

I'm only sleeping (Lennon/McCartney), vocal e violão de John com o famoso solo composto por George e depois tocado ao contrário;

Love you too (Harrison), gravada somente com George nos vocais e tocando instrumentos indianos;

Here, there and everywhere (Lennon/McCartney), uma das mais belas e famosas baladas de todos os tempos cantada por Paul com os vocais de Jonh ao fundo;

Yellow submarine (Lennon/McCartney), tema infantil cantado por Ringo e que mais tarde deu origem a um desenho animado estrelado pela banda;

She said she said (Lennon/McCartney), cantada por John, dizem as más línguas que foi um baseado, digo, baseada em sua segunda experiência com LSD;

Good day sunshine (Lennon/McCartney), é cantada por Paul e traz o quinto elemento George Martin ao piano de forma mais essencial que marcante, como uma participação deve ser, afinal o disco é dos Beatles;

And your bird can sing (Lennon/McCartney), vocal principal de John, a música traz um belo solo duplo de guitarra;

For no one (Lennon/McCartney), essa é uma das músicas que me faz arrepiar sempre que ouço, traz Paul nos vocais e a ilustre participação de Alan Civil tocando trompa, Alan foi músico integrante da Royal Philharmonic Orchestra e o primeiro músico estrangeiro a ser convidado para participar da Orquestra filamôrnica de Berlim. Pra quem gosta daquela história de que o Paul morreu e foi substituído por um sósia, o título original da canção era "What Did I Die?";

Doctor Robert (Lennon/McCartney), vocal principal de John a música fala de um tal médico que receitava "remédios" para te fazer ficar legal, se é que você me entende: "He helps you to understand. He does everything he can. If your down he'll pick you up. Take a drink from his special cup".

I want to tell you (Harrison), maravilhosamente cantada por George, a música demonstra o que acontece se você juntar durante algum tempo o blues e um músico inglês que visitou o Oriente.

Got to get you into my life (Lennon/McCartney), música cantada por Paul, traz novamente o quinto elemento George Martin, agora tocando órgão, e uma galera da pesada no naipe de metais, só músicos de jazz tarimbadíssimos: Eddy Thornton (trompete), Ian Hamer (trompete), Les Conlon (trompete), Alan Branscombe (sax tenor), Pete Coe (sax tenor).

Tomorrow never knows (Lennon/McCartney), psicodelia em seu frescor dos anos 60 na veia, Jonh nos vocais e pandeiro, Paul no baixo marcante e essencial, George novamente na cítara e na guitarra, Ringo em uma das melhores baterias de sua carreira, todos acompanhados do quinto elemento ao piano. Outro dia em uma festa ouvi uma pessoa dizer que existe uma vida antes e outra depois dessa música. Será que foi isso que o Skank pensou em "Supernova"?

2 comentários:

Júlio Costa disse...

"A morte de Paul Mccartney", foi realmente uma das coisas mais extraordinárias que aconteceu na música e, tenho que me render, aconteceu bem antes ne Novembro de 1966, provavelmente "Alma de Borracha" já era alguma referência a isto. O mais provável é que esta morte tenha ocorrido em 28 de Agosto de 1964, quando o Dr. Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan, aplicou os inocentes rapazes de Liverpool.

Anônimo disse...

Quem postou sobre o REVOLVER (Abdanur) demonstrou fino conhecimento de Beatles, especialmente para um fã de Rolling Stones. A beleza do conhecimento está aí, vez que ele não se deixou levar pela paixão e reconheceu a importância do álbum que, contempla um mix de blues com cítara, LSD e orquestras e uma das melhores baterias de Ringo Star realmente. (Gustavo Rocha)