O Oscar deste ano promete muito mais que o do ano passado. Além dos filmes serem melhores ainda tem o badaladíssimo Avatar pra chamar a atenção. Os apresentadores serão Alec Baldwin e Steve Martin. Bem melhor ouvir as piadinhas ácidas desses dois do que ter que ver o galanzão Hugh Jackman, com 10 kg de maquiagem no rosto, dançando, cantando e se esforçando pra ser engraçado.
A disputa vai ser boa entre Avatar e Guerra ao Terror, 9 indicações para cada um. O filme de James Cameron deve levar o grande prêmio da noite (melhor filme). Além de todos os prêmios técnicos, aqueles que ninguém tá afim de ver durante a festa (montagem, som, efeitos especiais). Mas Guerra ao Terror deve levar alguns interessantes também. Entre eles o de Direção para Kathryn Bigelow que, para quem não sabe, é ex-mulher de Cameron.
Realmente Avatar merece toda essa euforia. É um filmaço e já marcou seu lugar na história do cinema, graças à tecnologia 3D utilizada de maneira fabulosa. A história é mais do que conhecida e já foi contada, filmada e escrita inúmeras vezes. O homem branco que junto com sua turma quer destruir a tribo para pegar o ouro deles, se apaixona pela índia mais bonita, se comove com a causa e passa a lutar ao lado dela. É bem intrigante tentar entender como um filme cheio de clichês consegue se sair tão bem sem ficar chato. Acho que nisso lembra um pouco o último filme do diretor: Titanic. Uma coisa é ser um ótimo filme, outra é levar mais de 1 bilhão de pessoas ao cinema. A única coisa que me incomoda no filme é o vilão, extremamente forçado e caricato, tanto na atuação quanto no figurino. Desnecessária aquela caracterização tão exagerada.
A vitória de Meryl Streep para melhor atriz, por Julie e Julia é quase certa. A academia já está em débito com ela. Indicada umas 4 vezes nos últimos 5 anos, não ganha já faz um bom tempo. É a atual recordista em indicações e teve méritos em todas elas! É uma grande atriz e merece todo o respeito que tem. Caso ganhe, reparem na classe, elegância e respeito às demais concorrentes que ela demonstra em seu discurso de agradecimento. É uma aula de como ser uma estrela do cinema. Porém, se eles quiserem repercussão vão dar o prêmio pra lindinha Sandra Bullock. Não merecia nem ser indicada, mas alguém inventou que a atuação dela em Um Sonho Possível era digna de prêmios. Depois, o inegável carisma da eterna mocinha de Velocidade Máxima fez o resto. Espero que enxerguem que ter ganhado o Globo de Ouro já foi mais do que suficiente e a coloquem no seu devido lugar, com todo o respeito. É uma boa atriz, mas não tem o talento de outras indicadas, muito menos de Meryl.
Quanto ao ator, a disputa será bem mais acirrada, sem favoritos. Quase todos os indicados já ganharam prêmios por suas atuações esse ano nas premiações pré-Oscar. São todos atores de prestígio e com uma carreira já consolidada e respeitada, com exceção de Jeremy Renner. Nessa categoria não haverá surpresas ou decepções. Qualquer um que ganhar tá bom!
Atriz coadjuvante deve ir para Mo’nique, por Preciosa, se não o filme sai de mãos abanando. O que não pode acontecer, pois foi um filme muito querido pelo público norte americano.
O ator coadjuvante não tem dúvida. Vai para Christoph Waltz de Bastardos Inglórios. Já ganhou todos os prêmios possíveis pelo papel, só falta o Oscar. Não haverá surpresa.
Na categoria de Filme Estrangeiro o grande favorito é A Fita Branca, do austríaco Michael Haneke. O diretor conta sua versão da raiz do nazismo na Alemanha, mostrando como foi a infância da geração que quando adulta seguiu os mandamentos de Hitler. Um filme muito bonito esteticamente, mas que perde a mão ao explorar de maneira exaustiva algumas cenas fortes de violência física e verbal, que parecem feitas apenas para chocar. Também não vejo uma ligação tão clara entre a criação extremamente rígida daquelas crianças com as atrocidades que essa geração cometeu quando adulta. Parece-me uma visão simplista. Sabemos que naquela época aquele tipo de criação era comum em diversos outros países e em nenhum outro gerou tal resultado. Considero o filme bem mais interessante quando visto apenas como o retrato de uma época, sem querer justificar ou tentar explicar fatos históricos da complexidade do nazismo. Enfim, o filme ganhou o grande prêmio em Cannes esse ano, e todo mundo sabe que quem já tem a Palma de Ouro não precisa de um Oscar.
É isso aí galera! Espero que todas minhas previsões estejam erradas e que aconteçam vários imprevistos, pois quanto mais surpresas mais interessante fica a festa!
A disputa vai ser boa entre Avatar e Guerra ao Terror, 9 indicações para cada um. O filme de James Cameron deve levar o grande prêmio da noite (melhor filme). Além de todos os prêmios técnicos, aqueles que ninguém tá afim de ver durante a festa (montagem, som, efeitos especiais). Mas Guerra ao Terror deve levar alguns interessantes também. Entre eles o de Direção para Kathryn Bigelow que, para quem não sabe, é ex-mulher de Cameron.
Realmente Avatar merece toda essa euforia. É um filmaço e já marcou seu lugar na história do cinema, graças à tecnologia 3D utilizada de maneira fabulosa. A história é mais do que conhecida e já foi contada, filmada e escrita inúmeras vezes. O homem branco que junto com sua turma quer destruir a tribo para pegar o ouro deles, se apaixona pela índia mais bonita, se comove com a causa e passa a lutar ao lado dela. É bem intrigante tentar entender como um filme cheio de clichês consegue se sair tão bem sem ficar chato. Acho que nisso lembra um pouco o último filme do diretor: Titanic. Uma coisa é ser um ótimo filme, outra é levar mais de 1 bilhão de pessoas ao cinema. A única coisa que me incomoda no filme é o vilão, extremamente forçado e caricato, tanto na atuação quanto no figurino. Desnecessária aquela caracterização tão exagerada.
A vitória de Meryl Streep para melhor atriz, por Julie e Julia é quase certa. A academia já está em débito com ela. Indicada umas 4 vezes nos últimos 5 anos, não ganha já faz um bom tempo. É a atual recordista em indicações e teve méritos em todas elas! É uma grande atriz e merece todo o respeito que tem. Caso ganhe, reparem na classe, elegância e respeito às demais concorrentes que ela demonstra em seu discurso de agradecimento. É uma aula de como ser uma estrela do cinema. Porém, se eles quiserem repercussão vão dar o prêmio pra lindinha Sandra Bullock. Não merecia nem ser indicada, mas alguém inventou que a atuação dela em Um Sonho Possível era digna de prêmios. Depois, o inegável carisma da eterna mocinha de Velocidade Máxima fez o resto. Espero que enxerguem que ter ganhado o Globo de Ouro já foi mais do que suficiente e a coloquem no seu devido lugar, com todo o respeito. É uma boa atriz, mas não tem o talento de outras indicadas, muito menos de Meryl.
Quanto ao ator, a disputa será bem mais acirrada, sem favoritos. Quase todos os indicados já ganharam prêmios por suas atuações esse ano nas premiações pré-Oscar. São todos atores de prestígio e com uma carreira já consolidada e respeitada, com exceção de Jeremy Renner. Nessa categoria não haverá surpresas ou decepções. Qualquer um que ganhar tá bom!
Atriz coadjuvante deve ir para Mo’nique, por Preciosa, se não o filme sai de mãos abanando. O que não pode acontecer, pois foi um filme muito querido pelo público norte americano.
O ator coadjuvante não tem dúvida. Vai para Christoph Waltz de Bastardos Inglórios. Já ganhou todos os prêmios possíveis pelo papel, só falta o Oscar. Não haverá surpresa.
Na categoria de Filme Estrangeiro o grande favorito é A Fita Branca, do austríaco Michael Haneke. O diretor conta sua versão da raiz do nazismo na Alemanha, mostrando como foi a infância da geração que quando adulta seguiu os mandamentos de Hitler. Um filme muito bonito esteticamente, mas que perde a mão ao explorar de maneira exaustiva algumas cenas fortes de violência física e verbal, que parecem feitas apenas para chocar. Também não vejo uma ligação tão clara entre a criação extremamente rígida daquelas crianças com as atrocidades que essa geração cometeu quando adulta. Parece-me uma visão simplista. Sabemos que naquela época aquele tipo de criação era comum em diversos outros países e em nenhum outro gerou tal resultado. Considero o filme bem mais interessante quando visto apenas como o retrato de uma época, sem querer justificar ou tentar explicar fatos históricos da complexidade do nazismo. Enfim, o filme ganhou o grande prêmio em Cannes esse ano, e todo mundo sabe que quem já tem a Palma de Ouro não precisa de um Oscar.
É isso aí galera! Espero que todas minhas previsões estejam erradas e que aconteçam vários imprevistos, pois quanto mais surpresas mais interessante fica a festa!
Guilherme Cirino é meu amigo, cinéfilo, estuda cinema na Escola Livre de Cinema de BH e participou da produção dos curtas: '1 Minuto Pra Cada', 'Ilusão' e 'Mudança de Rumo'.
É a primeira vez que ele contribui para o Las Mamas Estupendas.
Um comentário:
Ai, ai, ai, adorei!!! Achei o comentário dígno de Villaça, mas com alfinetadas Cirinísticas!!!
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