segunda-feira, 3 de maio de 2010
Conexão Vivo - Gravação do DVD Macaco Bong
Apesar do ambiente inóspito para tal apresentação e do comportamento distante e apático do público, bem diferente do que se espera de quem experimenta sensações de tal quebradeira musical, o show foi um bom motivo para sair de casa na segunda a noite.
O power trio instrumental, oriundo do oeste brasileiro, se ampara no ritmo quebrado do excelente baterista Ynaiã, linhas de baixo discretas, porém presentes trazidas por Ney, que funciona bem mantendo a lógica entre o pirado groove do batera e o personagem a parte da banda, o camisa 10, guitar hero leader Kayapy.
Um ser absurdamente barulhento, ruidoso e caótico, porém sempre muito melódico e que possui uma dinâmica e presença impressionante. Uma mistura mutante entre Kurt Cobain e Jimi Hendrix, ainda que sem usar um elemento fundamental às duas matrizes da dita mutação, a voz.
O show contou com a participação dos metais da banda candanga Móveis Coloniais de Acajú, dos pernambucanos Siba e Vitor Araújo e do integrante da banda mineira Porcas Borboletas, Jack.
Por mais que a combinação entre piano e rock'n'roll nunca tenha feito a minha cabeça, me surpreendeu a colaboração do pernambucano Vitor Araújo. O som do tradicional piano de cauda em contraste com as guitarradas distorcidas me agradou bastante.
No mais foi isso, os caras do Macaco Bong conseguiram encher o grande teatro do Palácio das Artes e mostrar desenvoltura e presença, numa bela apresentação que me fez perder um pouco do preconceito que tinha em relação a musical instrumental.
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