terça-feira, 7 de abril de 2009

NENHUMA LINHA NO HORIZONTE

Amigos estou adorando ouvir as coisas novas que estão aparecendo no "Las Mamas Estupendas", mas vou ter que render uma homenagem a uma banda do "mainstream".

Eles estão de volta, no mais alto estilo e, faz alguns dias, estou feito um fã enlouquecido, ouvindo, lendo, vendo, colhendo informações. Já estou maravilhado com o novo álbum do U2, banda com 33 anos de estrada e ainda longe de estar desgastada, ultrapassada, pelo contrário, "No Line On The Horizon" é mais uma prova de vitalidade e vigor da banda.

O vigésimo trabalho de estúdio da banda teve uma história tão ou mais conturbada do que o renegado "Pop" de 1997. Sou suspeito, pois o "Pop", que todos jogam no limbo, é, para mim, um dos melhores trabalhos da banda, mas falemos disto depois, "No Line On The Horizon" é o melhor e mais inovador trabalho da banda, como chegou a anunciar o co-produtor Daniel Lanois? Provavelmente não, não sei, não acredito muito em maniqueismos e extremismos, mas "No Line On The Horizon" é um "discasso", se não fosse do U2, aonde a cobrança é ainda maior, principalmente pelos críticos do bom moço Bono Vox, seria um grande trabalho de qualquer banda iniciante ou até em atividade, no momento.
Tem também a questão de toda a expectativa que o álbum causou, foi o maior hiato da carreira do grupo, que havia lançado "How To Dismantle An Atomic Bomb", álbum anterior, em 2004. O grupo resolveu tentar, mais uma vez, um novo produtor, Rick Rubin, que produziu, entre outros grandes sucessos, o "Blood Sugar Sex Magik" do Red Hot Chili Peppers', mas a parceria não deu muito certo e a banda, na dúvida, chamou novamente a dupla Brian Eno e Daniel Lanois, produtores da banda desde "Unforgettable Fire", de 1984, com a única exceção de "Pop". O álbum era para ser lançado em Outubro de 2008, mas a banda pediu mais um tempo, para finalizar algumas canções e, finalmente, no final de Fevereiro de 2009, o álbum foi lançado, com uma novidade, algumas canções trazem a assinatura dos produtores, como co-autores das músicas. Crise de criatividade? Talvez, mas vamos conferir o resultado:

A primeira faixa é "No Line On The Horizon", uma canção com um clima sensacional que, em alguns momentos, me remete ao que melhor foi produzido nos anos 80.






Depois vem "Magnificent", que lembra o próprio U2 em canções pré "Joshua Tree", só que mais maduro e mais alto astral.






Depois entramos na parte mais intimista do álbum, músicas longas, lentas e muito bem executadas. Começa com "Moment Of Surrender".






Depois ouvimos "Unknown Caller", que começa com o canto de passáros do hotel que o grupo utilizou, no Marrocos, como estúdio, não é por acaso que o ritmo tem algo de oriental.






Começamos a crescer novamente com "I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight", aquelas que, como diria o Cristiano, temos a impressão de já conhecer.




Então vem o primeiro single "Get On Your Boots", a primeira com um riff forte, para levantar da cadeira e sair dançando e fazendo "air guitar". Também tem um leve ritmo oriental no refrão.




Agora uma música digna das grandes bandas dos anos 70, "Stand Up Comedy", vejam este inusitado vídeo que encontrei.




Agora entramos na parte mais experimental, começando com "Fez-Being Born".




E passando por "White As Snow". Uma bela balada, que também tem um clima de 70's, para tocar no carro, pela estrada afora...




Então vem a grande candidata a segundo single da banda, "Breathe", sem comentários...




O álbum termina com "Cedars Of Lebanon". Grand finale, mais uma balada cheia de climas e sons eletrônicos, para viajar gostoso. Bon voyage...




A nova empreitada dos quatro rapazes de Dublin ainda trás grandes novidades, que comento oportunamente.

Abraço...

Nenhum comentário: